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Arte Urbana no Porto

 Durante muitos anos a arte urbana foi criticada e julgada pela população, mas em 2014 isso veio a mudar com a criação do Programa Municipal de Arte Urbana que “ajudou” os artistas urbanos a demonstrar o seu talento e a embelezar a cidade do Porto sem medos. 

 Ao longo de toda a cidade é possível encontrar obras de artistas como Vhils, Mr.Dheo, Daniel Eime, entre outros muitos. Aconselho todos a verem pelo menos uma destas magníficas obras, não se esquecendo de levar a máquina fotográfica pois as paredes são todas fotogênicas e incríveis para tirar umas fotos espetaculares. 

 Começando pelo Mural da Trindade (junto ao estacionamento da Trindade), de Mr. Dheo, uma das primeiras obras encomendadas pela Câmara Municipal do Porto, onde é possível observar o pai do artista com o “Porto na mão”. 

 Também de Mr. Dheo, a The Last Adventure (num edifício na Rua Monsenhor Fonseca Soares) é uma obra alusiva à história da arte ao longo dos séculos, referenciando o Tintin, Miguel Ângelo, os The Simpsons e também o Super-Homem (que surge com um Q ao peito, em memória a José Quintela da Fonseca, com quem Mr.Dheo já tinha feito vários projetos). 

 Para terminar a referência a Mr.Dheo, a obra Modern Parenthood (em Gaia) alerta para a necessidade dos pais darem mais atenção aos filhos e menos atenção às novas tecnologias, de modo a estarem presentes na vida real e sem filtros.

 Seguindo para Vhils, a sua primeira obra na invicta foi a Look At Porto (em Miragaia, numa fachada histórica de um novo cinema), tendo resultado numa combinação de elementos naturais e humanos, em que os olhos miram a zona antiga do Porto.

 Além desta, Vhils criou também, durante a pandemia, o mural Profissionais de Saúde (no Hospital de São João), como uma homenagem aos que trabalham na linha da frente e para lhes agradecer e mostrar a importância dos mesmos. 

 De Daniel Eime, a obra Mira (em Miragaia) é uma das mais conhecidas na Invicta, em que se trata do rosto expressivo de uma idosa, que representa a população mais envelhecida da zona ribeirinha do Porto. 

 Além destas, Half Rabbit (fachada de um prédio no Cais de Gaia) de Bordalo II é uma obra urbana feita a partir de lixo recolhido naquela zona, que visa demonstrar a poluição e o consumismo da população e alertar para o facto de termos de olhar mais para a Sustentabilidade. 

 Para terminar, mas não menos importante, An.fi.tri.ão (junto à Ponte D. Luís) de Frederico Draw, é uma representação do avô do mesmo, que tem a mão estendida como se a dar “as boas-vindas” a quem entra na cidade, sendo uma maneira de demonstrar a hospitalidade da população Portuense. 

 As obras mencionadas são apenas um exemplo de muitas outras que merecem visita, e além de estarem expostas gratuitamente, visitá-las é uma ótima maneira de “agradecer” aos artistas que durante tanto tempo foram proibidos de dar cor e vida às cidades, e que apenas agora conseguiram transformar as ruas em galerias de arte. É importante deixarmos a criatividade fluir, e estes artistas demonstram isso mesmo.

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Texto por - Joana Oliveira

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