A fotografia é, desde os tempos mais remotos, a maneira mais fácil de imortalizar um momento. Desde a reprodução através de reações químicas até à Era digital, define-se como uma forma de comunicar sem palavras a essência de situações que nos marcam.
Aqui, no Largas à Lente, iremos mostrar-te a nossa visão e como a fotografia nos influencia no que somos, ao mesmo tempo que queremos envolver-te nessa esfera artística para nos mostrares a tua forma de ver o mundo que nos rodeia!
Vejo partes da Madeira em todo o sítio que vou - “É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.” - José Saramago
Casa da Guia, Cascais
Fotografias de Mariana Câmara
" Tons Restauradores"
Fotografia de Mónica Cabral
"À luz de candeeiros a petróleo", 27-03-2021
Com o mau tempo na Madeira houve necessidade de recorrer às antiguidades lá de casa. Assim, o meu pai decidiu acender os candeeiros a petróleo para iluminarmos a sala enquanto esperávamos que a luz voltasse. A minha mãe estudava com esta quantidade de luz porque quando era pequena não tinha acesso a mais. Às vezes, tomamos por garantido o privilégio que é viver nos dias de hoje, de ter luz, água e outras necessidades básicas disponíveis todos os dias da nossa vida.
Texto e Fotografia de Mariana Câmara
"Jardim dos Sentimentos", chamaram ao que aqui inauguraram em 2007, como se já não bastassem os sentimentos que dali e daquela visão haviam surgido, em cada um dos viridários que aquele palácio vira nascer. Ou talvez por homenagem a eles. Aos que corriam por entre as águas do rio mirado e que por elas se deixaram levar. Aos que já não mais corriam e ali, estanques, sem a ânsia de alguma vez voltar, permaneciam. Talvez por homenagem a estes, e a todos aqueles que nem assim se descrevem, tenha sido, portanto, idealizado. Ou talvez não, não sei. O que é certo, e certo está, é o que a nós nos faz sentir, cada olhar que aqui se prende. Isso, não há quem o saiba, não há quem o negue. Aliás... não pode haver.
Texto e Fotografia de Josué Moutinho
"A flor que desponta"
Fotografia de Inês Avelino, com Canon Prima Zoom 76
"Por trás da lente"
Fotografia de Mónica Cabral
"Encaixe"
Fotografia de Inês Gonçalves
“Da minha janela”
Fotografia de Maria Clara Gonçalves Lopes, vencedora do XVI Concurso de Fotografia
NAME / JOB / TITLE
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"Ondas de serenidade"
Fotografia de Mónica Cabral
Liberdade. Tão pouco valorizada até que nos é retirada.
Foi como num piscar de olhos: voávamos livres sem direção e um efémero instante bastou para que ficássemos presos numa jaula, agarrados à esperança de que um dia voltaremos a voar.
Texto e Fotografia de Mafalda Pinheiro
Porto… Onde se atracam as memórias e se vem pôr a saudade. Onde se vê correr mais que um rio e se navega pelas histórias que daqui vão surgir. Onde se perdem, se prendem, na vista do que vivem e têm por viver. Por ora, vê-se-o ao longe, na ânsia de lá voltar. Destemido, o Porto de abrigo, um Porto sentido.
Texto: Josué Moutinho
Fotografia: Inês Avelino
Bolas de sabão. Variadas formas, variados tamanhos, e tantas vezes imprevisíveis. Algumas, capazes de mostrar a maior transparência possível. Outras tão baças que só mostram escuridão. Ainda assim, quando fazes bolas de sabão, podes fazer delas o que quiseres. Puxa pela imaginação, e com (muito esforço), vê-as ganhar forma. Ignora quem está à tua volta a tentar destruí-las. Se por acaso o conseguirem? Tenta de novo, o líquido da louça é barato. O objetivo? Nunca desistir! Aperfeiçoar cada uma delas até conseguires aquela que realmente desejas.
Beatriz Santos
“Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.”
Fernando Pessoa in “Cancioneiro”
Numa passagem pelo Porto, deparei-me com esta família invulgar. Invulgar na sua imagem, invulgar no seu modo de viver, o que me fez pensar “aproveitar a vida saboreando cada minuto, ou viver desenfreadamente? «Qual porém é a verdadeira/E qual (a) errada»?”
Texto: Inês Ferreira
“Eutimia”
Calma. Harmonia. Tudo no lugar que deveria estar.
Mas tu e eu, ambos sabemos que a realidade não é assim como esta fotografia. A partir do
momento em que és expulso do quentinho da barriga da tua mãe, aí é que o circo se monta.
Segues a vida como se de um espetáculo se tratasse, estando num momento no número de
palhaçada, no momento seguinte num número que põe em risco uma vida, passando
novamente a um de alegria. Uma espécie de ciclo circadiano manhoso que mexe com aquela
massa que tens dentro da cabeça.
Imagina-te num trapézio. Sem rede, atiras-te a confiar no outro, mas não és apanhado. Cais no
abismo que outrora não existia. E é nesse abismo, no escuro, com o frio a envolver-te o corpo,
que sentes o sal nos lábios e as ideias revoltas a quererem sair pelo teu osso frontal.
E quando a fúria e o medo passam, abres os olhos e vês-te sentado numa cadeira na varanda,
com alguém a agasalhar-te da brisa do fim do dia, o Sol a pôr-se de um lado, as estrelas a
aparecerem do outro e os pássaros a retornarem aos seus abrigos.
Texto e fotografia: Andreia Tavares
XIII CONCURSO DE FOTOGRAFIA
PÁSCOA
O Largas à Lente traz-te o XIII Concurso de Fotografia!
A Páscoa é uma época religiosa e festiva que converge no convívio acalorado da família, amigos e padrinhos!
Mostra-nos o que de especial tem este dia para ti!
Envia-nos até 3 participações e podes ganhar uma versão A3 da tua foto e exposição do teu trabalho!
“A minha pele arrancada é utilizada para camuflar almas miseráveis”
O relógio dita 20h. Um jantar espera membros de alta sociedade. Casais desfilam por longos corredores encontrando-se com amigos e alguns agregados ocasionais que nunca conhecem muito bem. Conversas supérfluas ecoam por monstruosas salas, risos e sorrisos artificiais escurecem aquele lugar aparentemente tão bem iluminado. Estão todos excecionalmente elegantes; eles com o seu fato e gravata, elas com os seus longos vestidos e casacos de pelo exclusivos comprados numa boutique em Paris.
Enquanto isso aqui estou eu – cheio de frio, fome, preso em gaiolas mutilando-me incessantemente com o desespero pela fuga e o cheiro a sangue de outros que tiveram o destino que eu terei. Sinto-me insano e agoniado sem saber quando o fim me espera e o quão doloroso irá ser.
Mas ninguém se importa. Afinal, a minha pele arrancada é utilizada para camuflar almas miseráveis.
Texto, fotografia e edição: Inês Maria Ferreira
Modelo: Júlia Santos
Caracterização: Maria Miguel Fonseca
XII CONCURSO DE FOTOGRAFIA
NATUREZA
O Largas à Lente regressa para mais um ano com o XII Concurso de Fotografia!
A Natureza, além de se referir ao universo físico em que nos encontramos, engloba também a forma inata como os animais e as plantas crescem espontaneamente.
Queremos saber a tua visão dentro deste tema!
Envia-nos até 3 participações e podes ganhar uma versão A3 da tua foto e exposição do teu trabalho!
Para saberes mais clica no cartaz ou no botão "XII Concurso de Fotografia" que te direciona para o Facebook do Núcleo de Comunicação.
Amizades que levas para a vida", dizem os entendidos. Não sei. Não sei, e honestamente, para quê querer saber?! Que grande tendência que temos em pensar só no futuro: se vou ter um bom emprego, se vou manter as amizades, um infindável número de questões... Não sei e prefiro nem saber, porque se soubesse, não iria aproveitar os meus amigos da mesma forma, nem nenhum momento da minha vida seria igual. Estaria a pensar "se amanhã vai acontecer isto, mais vale desistir já". Aproveitar o agora, porque amanhã pode ser tarde. Aproveitar cada oportunidade como se fosse única, porque há algumas que são mesmo. Aproveitar quem temos connosco e agradecer-lhes por cada momento!
Texto e fotografia: Beatriz Santos
A História Por Trás da Lente
"O Doiro sublimado. O prodígio de uma paisagem que deixa de o ser à força de se desmedir. Não é um panorama que os olhos contemplam: é um excesso da natureza."
Miguel Torga in Diário XII
Fotografia: Inês Maria Ferreira
A História por Trás da Lente
“O homem não sabe mais que os outros animais; sabe menos. Eles sabem o que precisam saber. Nós não.”
Fernando Pessoa in Textos Filosóficos. Vol I.
Fotografia: Mafalda Pinheiro
Porto… Onde se atracam as memórias e se vem pôr a saudade. Onde se vê correr mais que um rio e se navega pelas histórias que daqui vão surgir. Onde se perdem, se prendem, na vista do que vivem e têm por viver. Por ora, vê-se-o ao longe, na ânsia de lá voltar. Destemido, o Porto de abrigo, um Porto sentido.
Texto: Josué Moutinho
Fotografia: Inês Avelino