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E mais uma vez chegamos a maio...

"Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.

Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente

e a chuva não bate assim. (…)"

AUGUSTO GIL

 

Numa altura em que a temperatura começa a subir e os casacos de inverno a serem guardados, perguntar-se-ão porque terei eu citado este verso tão bem conhecido por alguns de vós. Nada mais é que o meu subconsciente a querer poetizar a desgraça futura que se avizinha. Que desgraça poderá ser essa que bate “leve, levemente”? - questionar-se-ão. Não vos quero entristecer, mas não posso sofrer sozinha… Numa semana tão bela, livre de aulas para alguns sortudos (eu inclusive), começo a aperceber-me do inevitável… maio chegou e com isto começamos, mais uma vez a aproximarmo-nos do final do segundo semestre que traz atrelado a si a tão infame EPÓCA DE EXAMES. Não me apedrejem por trazer tal assunto sensível à tona, apenas queria extravasar um pouco do que senti durante uma das minhas epifanias (quem nunca teve o seu momento eureka! quando se encontra num estado semi-acordado, em que não está completamente acordado, mas também não está completamente a dormir).

Era isto que vos queria alertar caros leitores, mas como desgraças está o mundo cheio, pensemos antes que após a correria dos marcadores coloridos teremos um merecido descanso e umas ricas férias (como se já não tivéssemos estado tantos meses em casa) que esperamos serem um pouco menos sufocantes.

Ana Furtado

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