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O valor de um sorriso

Nunca pensamos estar como estamos.  Ter de repensar uma saída com amigos; ter de haver a preocupação de levar algo para a rua que tapa o nosso meio mais importante de comunicação. Nunca pensamos que não poderíamos andar com o nosso sorriso. «Quando as máscaras não forem obrigatórias é que vai ser!». Vai ser tudo menos o que estamos à espera. Quando finalmente pudermos deixá-las em casa, vai, de facto, existir um intervalo significativo entre a «mitigação» do vírus e este mesmo momento, mas sabem que mais vai existir? Uma sensação de desconfiança. Uma sensação de necessidade de afastamento. Porquê? Porque nós tivemos a sorte de sobreviver, com ou sem mazelas, mas vimos muitos sem tal sorte. Alguns deles nossos entes queridos. Então é mais do que justo ter todas estas sensações. É mais do que justo não haver uma adaptação rápida ao antigo normal. Mas sabem o que não é justo? Não aproveitarmos este novo antigo normal. Queixarmo-nos da rotina que é monótona. Dizermos que não queremos ir a algum lado sendo que o único plano era ficar em casa. Não é justo não vivermos depois disto com um sorriso na cara e não é justo esquecermo-nos do que aprendemos até hoje.

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Ana Margarida Silva

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