“Todo o mundo é composto de mudança, / Tomando sempre novas qualidades. / (…) /Do mal ficam as mágoas na lembrança, /E do bem, se algum houve, as saudades” 

– Luís de Camões

 

Ao longo da nossa vida somos constantemente confrontados com mudanças.

Neste último ano fomos obrigados a mais que isso: fomos privados daquilo que considerávamos ser a nossa vida, o nosso quotidiano: das saídas com os nossos amigos, dos concertos, de tudo o que de certa maneira tomávamos como garantido.

As mudanças têm todas influência na nossa maneira de ser, mesmo que umas sejam aparentemente mais significativas que outras, todas nos obrigam ininterruptamente a adaptarmo-nos, algumas vezes de forma inconsciente.

No entanto, a nostalgia e a sensação de saudade relativamente ao passado são algo que nos assombra constantemente, são algo que nos é intrínseco e que muitas vezes nos impede de progredir, ora porque o passado nos é querido e gostávamos de poder voltar atrás ou por nos ter magoado de maneira que nem nós sabíamos ser possível, fazendo-nos ter receio de avançar.

A evolução, tal como a mudança, é algo constante e inerente ao ser humano e à sociedade. É de extrema importância contrariar a nossa inércia para com a mudança: fugir à rotina, experimentar algo de novo, sair da nossa zona de conforto e enfrentar os nossos medos.

Muitas vezes as mudanças são assustadoras. É verdade! Faz parte da condição humana sentir medo, porém, é importante sermos ativos e procurarmos inovar o nosso dia a dia. 

Já pensaram o que seria da nossa vida se jogássemos sempre pelo seguro?

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Catarina Carvalho